O Município da Mealhada vai assinar um protocolo com a Associação Nacional de Farmácias para apoiar a inoculação, em farmácia, de 200 doses da vacina contra a gripe na campanha de 2021/2022. A decisão deste apoio ser referente a apenas duas centenas de doses, disponibilizadas gratuitamente nas farmácias do município da Mealhada, prende-se, e segundo o executivo, com «o facto de não colocar em causa a falência de vacinas no Serviço Nacional de Saúde». Uma deliberação que obteve três votos contra dos vereadores eleitos pelo Partido Socialista, que defenderam a opção prevista inicialmente de se disponibilizarem duas mil doses.
«Tivemos a informação de que há a possibilidade de poderem vir a faltar vacinas na ARS do Centro e, por isso, em vez de aprovarmos os cinco mil euros, que tínhamos previsto para duas mil doses, aprovamos 500 euros, que farão face a 200 doses», explicou o vereador Hugo Silva, enfatizando que, desta forma, «ajudamos a não colocar em causa a falência de vacinas nos centros de saúde. Ficamos a monitorizar a situação».
Também António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, referiu que «foi alertado com esta informação pela Administração Regional de Saúde, mas também pela Comunidade Intermunicipal». «Há o receio de que com estes protocolos haja insuficiência de vacinas no SNS. Tenho até conhecimento de que há Municípios que não estão a assinar o protocolo», referiu o edil, acrescentando a informação de que «nas farmácias, a vacina da gripe é disponibilizada a pessoas com mais de 65 anos, mas também a pessoas com idades inferiores que estejam sinalizadas».
A medida foi aprovada com os votos contra dos vereadores da oposição eleitos pelo Partido Socialista, Rui Marqueiro, Sónia Leite e Luís Tovim. Para o ex-presidente do Município da Mealhada, a Câmara deveria manter o apoio de inoculação de duas mil doses «porque assim servirá melhor a população».
Na reunião do executivo camarário, que se realizou na manhã da passada segunda-feira, foi ainda aprovado um subsídio de 1800 euros ao Centro Recreativo Cultural e Desportivo do Travasso, destinado à aquisição de duas mesas profissionais para a prática de ténis de mesa.
Durante a discussão do ponto, Gil Ferreira, vereador com o pelouro das associações não desportivas, defendeu que «deve haver um trabalho para identificar as necessidades das associações e criar um mecanismo para darmos resposta de forma estrutural». Afirmação corroborada por António Jorge Franco, que afirmou que «para além do apoio ao desporto, estamos a fomentar o convívio tão importante para a saúde mental».
Mónica Sofia Lopes