A Assembleia Municipal de Anadia reuniu o plenário pela última vez no anterior mandato autárquico, numa sessão que decorreu a 2 de setembro, no Salão Nobre dos Paços do Município. Na ocasião, a Assembleia Municipal aprovou, por unanimidade, a proposta da Câmara Municipal de Reconhecimento de Interesse Público Estratégico do Projeto de Alteração e Ampliação da Clínica Ibervita. O projeto prevê o aumento do número de camas, a criação de quinze postos de trabalhos e um investimento que ronda um milhão e oitocentos mil euros.

«Sou completamente a favor de qualquer obra que venha a trazer desenvolvimento ao concelho, mas alerto para o facto de os estacionamentos serem ali manifestamente insuficientes. Com o alargamento de mais trinta camas, teremos provavelmente mais trinta carros. Isso foi contemplado neste projeto?», questionou Rafael Timóteo, da bancada do Movimento Independente Anadia Primeiro.

Em resposta, os técnicos da Autarquia afirmaram que «deve ser criada uma regra genérica que seja suficiente», acrescentando, contudo, que «este tipo de infraestruturas acarreta sempre constrangimentos nas artérias em volta».

Também Rui Bastos, do PCP, questionou: «Na memória descritiva apresentada diz que vão criar quinze postos de trabalho. Serão verdadeiros contratos de trabalho ou falsos recibos verdes? É importante saber que tipo de trabalhos estamos nós a fomentar».

«Quando dizem que vão criar postos de trabalho e alargar o número de camas, temos de acreditar que haverá uma melhor resposta. Em que regime? Não faço ideia. Isso cabe ao promotor», respondeu Teresa Cardoso, presidente da Câmara, adiantando: «Se há um alargamento da resposta, não acredito que seja com os mesmos recursos. Há cuidados que não se substituem nem por máquinas e robots, principalmente quando falamos de geriátricos».

«Estamos aqui para decidir o interesse público desta ação e não uma fiscalização. Isto interessa ou não termos cá?», retorquiu também o presidente da Assembleia Municipal de Anadia, Manuel Pinho.

Da bancada do MIAP, Luís Santos defendeu: «Os requisitos técnicos foram cumpridos e os requisitos externos também me parecem igualmente cumpridos. Foi feita uma auscultação pública, que não obteve qualquer apontamento, e também foi auscultada a Segurança Social. Parece-me que esta pretensão tem de ser votada favoravelmente».

 

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