Os principais agentes educativos do Pré-escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico, no município da Mealhada, reuniram, na tarde da passada terça-feira, dia 8 de janeiro, com representantes da empresa Uniself, responsável pelo serviço de refeições, cujo o objetivo foi o de ser feito o balanço mensal.

Guilherme Duarte, vice-presidente da Câmara da Mealhada, (ao centro) foi o moderador da reunião

De um modo geral, os responsáveis pelos Jardins de Infância da Pampilhosa, Carqueijo e Canedo, da AD ELO – Centro Comunitário do Canedo, dos Centros Escolares do Luso, Mealhada e Pampilhosa, bem como a representante da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Mealhada estão satisfeitos com a qualidade e confeção dos alimentos, bem como com a quantidade em cada refeição.

O uso repetido de filetes e o excesso de massa e de arroz foram algumas das insatisfações demonstradas. Houve também o pedido para que os legumes estejam sempre no acompanhamento do prato principal. “Hoje, o arroz era de legumes e não havia salada e a verdade é que as crianças a pedem”, declarou Virgínia Melo, coordenadora do Centro Educativo da Pampilhosa, apelando para que o serviço de lanches não seja com ementa fixa. “Um aluno que só fique na escola há terça e quinta-feira vai sempre comer pão com manteiga e não com queijo ou doce”, referiu.

Sónia Coelho, da AD ELO, referiu que “a ementa vegetariana, muitas vezes, é bastante condimentada, o que faz com que fique gordurosa”. “A única criança vegetariana da nossa instituição, hoje não conseguiu comer os vegetais salteados e isto talvez seja um problema da confeção”, referiu.

O coordenador do Centro Escolar do Luso, Carlos Rodrigues, elogiou “a qualidade na confeção e matéria-prima, bem como a quantidade dos pratos”, lamentando, contudo, que “as ementas tenham muitos alimentos processados”. “Um dia destes as crianças não sabem o que é um osso ou uma espinha. Há aliás um exemplo de um miúdo na nossa escola que, simplesmente, não sabe mastigar”, disse, alertando ainda que “os jovens estão a habituar-se a beber os alimentos”.

Sobre este assunto, a inspetora da Uniself fez saber que “há escolas (de outros municípios) que nos pedem mais alimentos processados, talvez porque nas alturas de refeições tenham menos colaboradoras a ajudar”. “A verdade é que muitas vezes também em casa é assim”, disse, concordando que o dever da empresa “é o de também introduzir alimentos que muitas vezes as crianças não conhecem”.

A coordenadora do Centro Escolar da Mealhada, Áurea Matias, referiu casos pontuais referentes à matéria-prima, mas que “há muita qualidade nas refeições”. “Ontem, por exemplo, éramos onze professores a comer na escola e isso significa a satisfação que sentimos”, enalteceu.

Sofia Martins, em representação dos Pais e Encarregados de Educação da Mealhada, teceu elogios à qualidade e quantidade das refeições, mais sugeriu que “as ementas sejam mais detalhadas”, exemplificando que “quando se escreve creme de legumes deve detalhar-se quais são”.

 

Mónica Sofia Lopes