Os Bombeiros da Pampilhosa “fizeram-se” à estrada e, em duas semanas, conseguiram  quinze mil euros, um valor que foi direitinho para uma Viatura Florestal de Combate a Incêndios (VFCI), adquirida em França. O peditório foi feito, pelos Bombeiros, junto das populações das freguesias da Pampilhosa, Barcouço e Casal Comba.

“A população está atenta à causa de serviço dos Bombeiros e às suas necessidades”, começou por agradecer Rogério Vieira da Silva, presidente da direção da Associação Humanitária dos  Bombeiros Voluntários da Pampilhosa, que ainda garantiu que “este, e outros gestos, vêm ao encontro da necessidade que sentimos em criar um monumento em homenagem à população, que foi inaugurado em agosto de 2016”. “Ao ajudarem os Bombeiros, as populações estão ajudar quem os ajuda!”, referiu ainda.

O dirigente explicou, ao «Bairrada Informação», o porquê do apoio da população para esta viatura. “As tipologias das viaturas na candidatura efetuada ao Portugal 2020 foram alteradas e, portanto, a nossa foi indeferida porque já tínhamos duas com a tipologia a que nos candidatámos”, disse Rogério Vieira da Silva, confessando que, a partir desse momento, foram pensadas alternativas.

“Fomos a Marselha (França), negociámos um carro num revendedor e fizemos um peditório nas freguesias da Pampilhosa, Barcouço e Casal Comba”, contou o dirigente, falando de uma viatura orçamentada em quinze mil euros (onde já se incluem as transformações efetuadas após a sua aquisição). “A viatura estava em ótimas condições, mas precisou de acessórios”, acrescentou ainda, agradecendo à Auto Transportadora Moderna, “que custeou o transporte da viatura, de França até à Pampilhosa”.

Esta VFCI “fecha o circuito automóvel da corporação”. “Temos, neste momento, oito viaturas de incêndio, duas de comando, cinco ambulâncias de emergência e três de transporte de doentes”, enumera o presidente da direção da Associação, garantindo ainda que a frota “responde perfeitamente, e com margem, às necessidades”. “Agora é manter e ir substituindo uma ou outra que vá envelhecendo”.

Rogério Vieira da Silva afirmou ainda, ao nosso jornal, que “a situação financeira da Associação está perfeitamente equilibrada”. “Estamos a iniciar a reparação do edifício, uma obra orçamentada em quarenta e sete mil euros, mas que será custeada pela Câmara da Mealhada. Vamos pintar todo o edifício e construir uma sala de formação e uma arrecadação”, explicou.

Por outro lado, diz o dirigente “far-se-á de tudo para que se mantenham os oitenta elementos da corporação e se possível aumentar esse número”. “Sabemos que nos próximos anos, irão entrar mais vinte elementos, provenientes de Escolas de Cadetes”, concluiu Rogério Silva, relembrando ainda que no próximo dia 29 de agosto, os Bombeiros da Pampilhosa comemoram noventa e um anos.