Mark Squires, conceituado crítico norte-americano e responsável pela avaliação dos vinhos do nosso país na “Robert Parker – Wine Advocate”, ficou rendido ao “Nossa Calcário Baga 2015”, um Bairrada feito cem por cento com a casta Baga. Como resultado, este vinho desenhado pela produtora e enóloga Filipa Pato arrecadou uns merecidos noventa e seis pontos, a “nota” mais alta para um Bairrada na respetiva publicação.

Filipa Pato - Nossa Calcario Baga tinto 2015_72dpiDe destacar o facto de o “Nossa Calcário Baga” ser um projecto vínico partilhado por Filipa Pato e o seu marido, o sommelier belga William Wouters, no qual usam uma seleção de uvas provenientes de vinhas (velhas) da Bairrada, com idade média de oitenta anos, várias das quais em regime de biodinâmica. Um tinto com estágio de dezoito meses, parte em pipas de quinhentos litros, mas também num tonel de carvalho da Eslovénia, características que Mark Squires não descurou na sua avaliação.

A frescura e a acidez natural da casta-rainha da região são enaltecidas pelo crítico americano, assim como a subtileza da madeira e as nuances de fruta. “O grande sucesso da acidez é não sobrecarregar o vinho. Faz com que a fruta se deixe notar até ao final de boca, tornando o vinho muito refrescante e que seja bebido com prazer”, assinala Mark Squires.

Para o efeito, recomenda a decantação do “Nossa Calcário Baga 2015” durante noventa minutos. Fala ainda do poder deste tinto e afirma que se trata de um vinho muito gastronómico, para beber daqui por muitos anos, já que tem um potencial de guarda que o ajudará a desenvolver a complexidade necessária. “Um superstar em potencial”, acrescenta.

“Embora o ‘Nossa Calcário Baga 2015’ já estivesse todo reservado, alocado e até expedido para os nossos importadores antes desta nota ser publicada, o impacto refletiu-se de imediato nas vendas: em menos de um dia esgotou do stock nos pontos de venda. As duas próximas colheitas estão ao mesmo nível, pois as condições foram óptimas para a Baga.

Pretendemos lançar o de 2016 em setembro, como habitualmente fazemos, e o de 2017 no ano seguinte. O respeito pela vinha trabalhada de forma natural e o estágio de dezoito meses na nossa cave é fundamental para a consistência que temos conseguido”, sublinha Filipa Pato.

A descrição casa bem com o potencial da casta Baga e, como consequência, com o trabalho que Filipa Pato tem vindo a fazer desde o momento em que começou a criar e produzir os seus próprios néctares: “Vinhos autênticos. Sem Maquilhagem”. A frase repete-se em todas as suas garrafas e transpõe uma manifestação fidedigna de uma mulher com garra, presa às suas raízes bairradinas e, como tal, uma defensora da Baga, para que a casta seja reconhecida pelos entendedores e pelo público final.