Na semana em que o Luso assinalou os oitenta anos de elevação a vila (no dia 6 de novembro), o «Bairrada Informação» esteve lá e comprovou o porquê de tantos elogios feitos pelos turistas àquela localidade, situada a “segundos” da Mata Nacional do Bussaco, muito conhecida pela água e o termalismo. “Tranquilidade” é palavra de ordem.

“É uma vila muito catita, com uma beleza natural extraordinária”, começa por nos dizer Claudemiro Semedo, presidente da Junta de Freguesia do Luso, referenciando como locais emblemáticos: “A Fonte de São João, o Lago do Luso e as Termas”. “As pessoas vêm para aqui descansar, há muita tranquilidade”, continua o autarca, considerando, contudo, que “a visibilidade que o Bussaco ganhou nos últimos anos é determinante para o turismo e visitação no Luso”.Fonte São João no Luso

A água, produto internacional; a Fonte, imagem de marca da vila; e as Termas foram sempre o grande motivo para os turistas procurarem a vila. “O Termalismo Clássico, todos sabemos, passou por uma fase com menos procura e foi preciso ‘reiventar-se’. Hoje muitos dos que procuram as Termas do Luso fazem-no pelo SPA”, garante o presidente da Junta, explicando também que “os turistas são diferentes de outros tempos e procuram muito as ‘mini-férias’”.

“Se no passado, as pessoas passavam aqui quinze dias, hoje sabemos que muitos dos turistas vêm cá dois, três dias de cada vez. O turismo nacional mudou e o Luso não foi excepção”, afirma Claudemiro Semedo, enaltecendo que “nos últimos três anos, houve um claro aumento de turistas e o Luso voltou a estar na moda”.

E se nos últimos anos, o turista procura o Luso e o Bussaco para destino de visitação, há ainda, segundo Claudemiro Semedo, o aparecimento de um outro tipo de turismo: o desportivo. “Por um lado, há promoção nacional, na comunicação nacional, de cada vez que cá estão equipas nacionais e internacionais; por outro, quando os eventos desportivos envolvem familiares, são estes que depois se ‘encarregam’ da divulgação”, garante.

O presidente da Junta não tem dúvidas sobre “o trabalho que a Câmara da Mealhada tem feito a este nível”. “As equipas e seleções de futebol, por exemplo, não vêm cá uma vez e pronto. Vêm, experimentam e voltam”, enfatiza o autarca, exemplificando com “as seleções de futebol dos Emirados Unidos, da China, Guiné, Angola,…  e equipas nacionais, como, Marítimo, Tondela, Boavista, Arouca e o Nacional da Madeira”.

“Os árbitros da 1.ª Liga também têm escolhido o Luso para os seus estágios profissionais. O hóquei em patins e a patinagem artística fazem do Luso a sua casa”, continua o autarca, que garante que “isto leva muito longe o nome do Luso…”.

“E porque o escolhem como destino para os seus estágios e campeonatos desportivos?”, quisemos saber. “Para além da tranquilidade que o Luso possui na sua essência, temos excelentes infraestruturas, como o Pavilhão e o Centro de Estágios. Depois temos o Grande Hotel, que tem todas as condições que um atleta precisa nestes períodos. Ainda agora ‘inaugurou’ um ginásio a pensar muito na fixação de todas estas equipas”.Lago Luso

Há ainda outros eventos que dão nome à vila e trazem público ao Luso: Campeonato Nacional de Xadrez, Luso Trail, Luso Clássicos, Prova de Orientação,… A animação de Verão e de Natal são também um complemento há oferta das cerca de uma dezena de unidades hoteleiras, Parque de Campismo e casas de hóspedes. Recentemente foi “inaugurada” a Pequena Rota 1 (pedestre) que começa em Várzeas e vai até ao Luso e segue-se, para breve, a PR2, que passará pelos antigos Moinhos da freguesia do Luso.

“A vila é dotada do essencial: farmácias, restaurantes, dois multibancos, cafés, dois parques infantis, campos de ténis, Posto de Turismo, Biblioteca,… Tudo aberto sete dias por semana, às portas da Mata do Bussaco”, enaltece Claudemiro Semedo, que garante que “agora só é preciso acabar com a sazonalidade. A nossa oferta está cada vez mais atrativa para colocar fim a isso”.

 

Texto de Mónica Sofia Lopes

Fotografias de José Moura