O executivo da Câmara da Mealhada aprovou, por unanimidade, na reunião que se realizou na manhã de 6 de novembro, a atribuição de um subsídio aos Jardins de Infância da rede pública, bem como às escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, para necessidades pontuais que surjam no presente ano letivo. Uma iniciativa, aliás, que é prática anual, há já muitos anos, no Município. Ao todo são cerca de nove mil e quinhentos euros divididos por oito jardins de infância e seis escolas (três delas Centros Escolares), diferindo umas das outras pelo número de alunos por cada turma.

Na reunião camarária, Guilherme Duarte, vice-presidente do Município, explicou que “o Ministério da Educação atribui valores às escolas que podem ir até aos trezentos e vinte e quatro euros por cada turma que tenha vinte ou mais alunos”. Mas para o autarca é importante dar-se mais, “para que assim se possa fazer face às necessidades que tenham durante as atividades lúdicas e pedagógicas”.

“Achamos que isto é importante para a escola, mesmo que não sejamos obrigados a fazê-lo”, referiu ainda o também responsável pelo pelouro da Educação.

Nuno Canilho, vereador pela bancada socialista, proferiu algumas palavras, enfatizando que “tem que se compreender bem estes valores, para quando houver pessoas a proceder a angariação de fundos para a compra de resmas de papel ou toners, possamos saber que a Câmara apoia essas necessidades”.

“Quando isso é dito ou o é por maldade ou então por ignorância”, acrescentou Nuno Canilho, afirmando também que “não vale a pena dizer-se que os municípios vizinhos oferecem os livros escolares e aqui não, uma vez que isso é uma ideia vendida, que para além de falsa é injusta”. “Os livros são dados pelo Ministério da Educação a todos os alunos dos municípios”, explicou.

Assim, para os Jardins de Infância da Antes, Casal Comba, Luso, Mealhada, Canedo, Carqueijo, Pampilhosa e Quinta do Valongo o valor atribuído é superior a mile quinhentos euros. Já nas Escolas Básicas 1 da Antes, Casal Comba e Barcouço e os Centros Escolares do Luso, Mealhada e Pampilhosa a verba ultrapassa os oito mil euros.

Outro dos assuntos discutidos foi o de seis ajustes diretos de “prestação de serviços, na modalidade de avença”, aprovados pelo executivo com as abstenções dos três vereadores da coligação “Juntos pelo Concelho da Mealhada”, sendo a de “apoio técnico-administrativo às atividades turísticas e promocionais do Município” a que mais questões levantou à oposição.DSC04526

“Ontem (domingo, dia 5 de novembro) fui ao Posto de Turismo da Mealhada e estavam lá três pessoas a trabalhar, a um domingo, num local onde estavam zero turistas”, questionou Sónia de Almeida, da coligação, acrescentando não entender “o encerramento à hora do almoço, uma vez que estão lá três funcionárias”. Uma questão que Nuno Canilho garantiu ir informar-se para depois poder esclarecer o executivo.

Sobre a avença afeta ao Posto de Turismo, Hugo Silva, também da coligação, questionou “os critérios de escolha”, referindo que “no mandato anterior foi dito que a senhora em questão não dominava línguas estrangeiras”.

Arminda Martins, vereadora no executivo, explicou que os concursos ainda estão a decorrer e que “ou a renovação é feita ou, até o concurso estar terminado, fechamos a porta”. “Esta senhora ingressou na autarquia através de um Contrato de Emprego de Inserção e posso garantir que a disponibilidade que tem para trabalhar aos fins de semana e até de madrugada, quando estamos a representar o Município em Feiras, é excecional e muito dedicada”, rematou.