Foi inaugurado, ao final da tarde de sexta-feira, dia 23 de junho, o certame “Anadia Capital do Espumante – Feira da Vinha e do Vinho”, que teve início com a atuação dos Gift, seguido de José Cid no sábado e das Marchas Populares este domingo. Na cerimónia de abertura, que contou com a presença de Pedro Nuno Santos e Fernando Rocha Andrade, secretários de Estado dos Assuntos Parlamentares e dos Assuntos Fiscais, respectivamente, Teresa Cardoso, presidente da Câmara de Anadia aproveitou para manifestar algumas das preocupações que tem no Município.

“Estamos em Anadia, na capital do espumante, no coração da Bairrada”, começou por dizer a edil, enaltecendo os agentes que estão, durante dez dias, no certame, que considera “um espaço de saudável convívio e animação”. “É um grande trabalho realizado pelo nosso tecido empresarial e é também um reflexo do trabalho, menos visível, das instituições”, acrescentou a edil, enaltecendo o empenho, “que dá frutos e prémios”, dos produtores de espumante, que “têm muita qualidade e inovação no que fazem”.

Mas Teresa Cardoso quis aproveitar a presença dos representantes do primeiro-ministro António Costa, para reportar diversos “problemas” do concelho de Anadia, como é o caso “do nó da autoestrada”, que o município anseia há muitos anos. “Ter este nó era de uma enorme importância, não só para o concelho de Anadia, mas também para os concelhos de Oliveira do Bairro e de Águeda”, referiu a autarca, lamentando que a sua ausência condicione “o trabalho sócio económico do concelho”.

Por outro lado, acrescentou a edil, “o Itinerário Complementar 2 / Estrada Nacional 1 que passa em Anadia, onde o  fluxo diário é imenso, está em más condições”. “Há ainda o problema de, em ponto algum desta via, no concelho de Anadia, encontramos um sentido com duas faixas”, referiu Teresa Cardoso, que abordou ainda assuntos como “a taxa do IVA”, que ressente os produtores de espumante; “os antigos edifícios das Escolas Básica e Secundária de Anadia, que estão degradados e ao abandono, e aguardar uma resposta do Estado; a necessidade de recuperação da ‘Casa do Diretor’ na Estação Vitivinícola da Bairrada”; dúvidas “na descentralização de competências em domínios diversos e todos eles sensíveis”, bem como “a legislação relativa à floresta, uma vez que, enquanto poder local poderemos ter uma capacidade mais interventiva com meios para isso”.

Pedro Nuno Santos começou por elogiar o evento “Anadia Capital do Espumante”. “Uma Feira consagrada na região e no país”. “‘Capital do Espumante’ é uma marca que já ninguém tira a Anadia. O vinho espumante tem ganho predominância no país, mas também fora dele, e Anadia está sempre lá, porque nunca se deixou acomodar”, disse o secretário de estado dos Assuntos Parlamentares, referindo que este é um trabalho de muito tempo, em que “os resultados estão agora em fase de sucesso nesta região demarcada”.

“Parabéns pelo trabalho que tem sido feito em Anadia em prol do desenvolvimento, bem como a todos os produtores que têm sido inexcedíveis”, elogiou.

Em resposta, às preocupações da autarca, Pedro Nuno Santos adiantou que “o nó da auto-estrada é um dossier que está a ser tratado entre o Governo e a Brisa” e que “os dossiers da descentralização de competências e da reforma das Florestas estão a ser trabalhados”. “Procuramos ter consenso”, disse.

Com um orçamento de trezentos e noventa e cinco mil euros, a “Feira da Vinha e do Vinho” continua mais sete dias: Miguel Araújo a 26 junho, segunda-feira; Meninos da Sacristia (que convidam Miguel Ângelo) a 27; H.M.B. a 28; Mariza a 29; Diogo Piçarra e Insert Coin a 30 de junho; e Daniela Mercury a 1 de julho.

 

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